Vet Paula Silverio

Hérnia de Disco em Cães: O Que Todo Tutor Precisa Saber

A saúde da coluna vertebral é essencial para a mobilidade e o bem-estar dos cães. Entretanto, condições como a hérnia de disco podem surgir, afetando a qualidade de vida do animal e exigindo atenção imediata. Este problema, embora mais comum em determinadas raças, pode ocorrer em qualquer cão, independentemente de idade ou porte. Neste artigo, vamos explorar o que é a hérnia de disco, seus principais sintomas, as raças predispostas, como é realizado o diagnóstico e quais opções de tratamento estão disponíveis. Afinal, reconhecer os sinais precocemente pode fazer toda a diferença na recuperação do seu pet.

O que é hérnia de disco?

A coluna vertebral dos cães é composta por vértebras intercaladas por discos intervertebrais, que funcionam como amortecedores naturais, protegendo os ossos e a medula espinhal de impactos. A hérnia de disco ocorre quando esses discos sofrem uma alteração estrutural, como o rompimento ou o deslocamento do núcleo interno, comprimindo a medula espinhal.

Existem dois tipos principais de hérnia de disco em cães:

  • Hérnia de Hansen Tipo I: Geralmente ocorre em raças condrodistróficas (de patas curtas e corpo alongado), envolvendo o rompimento agudo do disco.
  • Hérnia de Hansen Tipo II: Associada ao envelhecimento e desgaste gradual dos discos, mais comum em raças grandes e cães idosos.

Ambas podem causar dor intensa, dificuldade de movimento e até paralisia, dependendo da gravidade.

Quais os sintomas da hérnia de disco?

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.Os sinais clínicos da hérnia de disco podem variar de acordo com a localização e a extensão da compressão medular. É fundamental que os tutores fiquem atentos aos seguintes sintomas:

  • Dor localizada: O cão pode vocalizar ao ser tocado ou apresentar sensibilidade na coluna.
  • Dificuldade para se movimentar: Caminhar com rigidez ou evitar subir escadas.
  • Fraqueza ou paralisia: Geralmente, afeta os membros traseiros, mas pode comprometer outras regiões, dependendo da localização da hérnia.
  • Postura anormal: Alguns cães podem arquear as costas devido à dor.
  • Perda de controle urinário ou fecal: Em casos mais graves, pode ocorrer incontinência.

Se notar qualquer um desses sinais, procure ajuda veterinária imediatamente.

Raças Predispostas

Embora qualquer cão possa desenvolver hérnia de disco, algumas raças apresentam maior predisposição devido às suas características genéticas e anatômicas:

  • Dachshund (Teckel): É a raça mais associada à condição, devido ao corpo alongado e patas curtas.
  • Basset Hound
  • Cocker Spaniel
  • Shih Tzu
  • Lhasa Apso
  • Pug
  • Pequinês
  • Bulldog Francês e Inglês

Além disso, cães idosos e aqueles com sobrepeso têm maior risco, independentemente da raça.

Como Diagnosticar Hérnia de Disco em cães?

O diagnóstico da hérnia de disco exige um exame clínico detalhado e a realização de exames complementares. No consultório, o veterinário avalia os reflexos neurológicos do cão e pode solicitar:

  • Radiografias: Para verificar alterações estruturais na coluna.
  • Mielografia: Um exame contrastado que permite visualizar a medula espinhal.
  • Tomografia Computadorizada (TC) ou Ressonância Magnética (RM): Consideradas as técnicas mais precisas, ajudam a identificar a localização exata da lesão e sua gravidade.

O diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento e recuperação do pet.

E agora? Tem tratamento?

Sim, a hérnia de disco tem tratamento, que pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo da gravidade do caso.

  • Tratamento conservador: Indicado para casos leves, inclui o uso de anti-inflamatórios, analgésicos e repouso absoluto por algumas semanas. O tutor também deve limitar movimentos bruscos do cão durante esse período.
  • Tratamento cirúrgico: Recomendado para casos mais graves, como paralisia ou dor severa que não melhora com medicamentos. A cirurgia visa descomprimir a medula espinhal e estabilizar a coluna.
  • Fisioterapia e reabilitação: Após o tratamento inicial, sessões de fisioterapia, hidroterapia e acupuntura podem ajudar na recuperação, promovendo o fortalecimento muscular e a retomada da mobilidade.

A adesão ao tratamento recomendado pelo veterinário é essencial para a recuperação total do animal.

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